Sensibilidade ao som: 5 coisas que você precisa saber sobre Hiperacusia
Sensibilidade ao som: 5 coisas que você precisa saber sobre Hiperacusia
10 min.
Publicado em 18 de julho de 2019
Sentir incômodo com ruídos excessivamente altos é natural. Contudo ter intolerância a barulhos comuns do dia a dia não é. Essa sensibilidade ao som é conhecida com hiperacusia e causa transtornos na vida de quem sofre com a condição. A hiperacusia é a sensibilidade anormal aos sons de baixa e média intensidade. A pessoa que passa por esse problema tem uma redução na tolerância aos ruídos diários e, geralmente, foge de situações que possam causar irritação ou desencadear crises de ansiedade. Quer entender melhor sobre o assunto? Veja, a seguir, 5 coisas a respeito da hiperacusia que você precisa saber.
Sons comuns causam desconforto
Não precisa ser nada de outro mundo para incomodar: latidos de cachorros, o aspirador de pó, uma criança chorando, toques de telefone e até risos podem causar uma aflição que chega a ser dolorosa.
No entanto é bom não confundir com misofonia. Enquanto na hiperacusia existe a sensibilidade a sons corriqueiros, na misofonia a intolerância acontece com ruídos muito específicos e, normalmente, repetitivos como o tic-tac do relógio, sons do teclado, uma torneira pingando e até a mastigação.
Protetores auriculares pioram o problema
Na verdade, o silêncio faz com que o sistema auditivo amplifique ainda mais os ruídos. Portanto, em vez de minimizar a sensibilidade, o uso de protetores auriculares pode aumentar a intensidade dos sons e gerar um incômodo ainda maior.
Além disso, é comum que as pessoas que sofrem com essa condição se isolem a fim de evitar os barulhos desagradáveis. Contudo, à medida que elas reduzem os estímulos sonoros, a tendência é que a sensibilidade cresça cada vez mais.
Quem tem sensibilidade ao som não escuta melhor
Quem sofre com a hiperacusia não tem uma “super audição”, nem ouve melhor que as pessoas que não têm nenhum distúrbio auditivo. A audição desse indivíduo pode ser normal. O que diferencia é o nível de tolerância aos sons.
Pessoas comuns suportam até 90 decibéis sem se incomodar — como um secador de cabelo ou liquidificador. Quem tem sensibilidade ao som padece com volumes inferiores a esse. Uma conversa em tom natural, por exemplo, tem cerca de 60dB e pode perturbar pessoas hipersensíveis.
Pode estar associada ao zumbido no ouvido
O zumbido é uma espécie de ilusão sonora em que a pessoa tem a sensação de estar ouvindo um chiado constante. Vários fatores podem causar o surgimento desse som interno, como exposição a barulhos intensos, envelhecimento, diabetes, infecções de ouvido, traumas auditivos, entre outros.
A hiperacusia é uma das complicações do zumbido. Isso porque o som contínuo pode desencadear uma intolerância extrema e deixar o ouvido cada vez mais sensível.
Terapia sonora durante o sono é uma forma de tratamento
Não há medicamentos ou cirurgias que podem curar a hiperacusia. Todavia existem recursos terapêuticos com o objetivo de eliminar o desconforto e melhorar a qualidade de vida de quem sofre com a condição. A terapia sonora durante o sono é um dos tratamentos.
O cérebro nunca desliga. Por isso, é possível aproveitar a hora de dormir para introduzir uma terapia dessensibilizante com ruído branco. Funciona assim: a pessoa é exposta a um som agradável bem baixo durante o sono, sem fone de ouvido, pois o objetivo é justamente misturá-lo aos demais ruídos do ambiente.
Durante o sono, o cérebro aprende que aquele barulho, naquela intensidade, não é agressivo. Aos poucos, é necessário aumentar a potência até o volume não incomodar mais.
Em suma, a hiperacusia é a sensibilidade ao som. Se você se identificou com as situações relatadas neste artigo, procure um especialista para diagnosticar e dar início ao tratamento da doença. Assim, é possível amenizar o transtorno e levar uma vida normal.