A perda de audição é hereditária? Descubra aqui!


A perda de audição é hereditária? Descubra aqui!
5 min.
Publicado em 24 de março de 2020
Você já ouviu falar sobre perda de audição, certo? No entanto, sabia que essa condição pode ser hereditária? Isso mesmo. Uma combinação de fatores genéticos pode provocar um quadro de surdez que se manifesta desde os primeiros dias de vida — os quais podem gerar consequências sérias no desenvolvimento e na qualidade de vida de uma pessoa.
Para que você saiba mais sobre esse tipo de perda auditiva, separamos, neste post, as principais informações sobre o assunto. Vamos conferir?
O que é perda de audição hereditária?
A perda de audição hereditária é um problema transmitido de pai para filho — no momento da fecundação, a combinação de cromossomos — o DNA — dos pais determina se uma pessoa terá dificuldades para ouvir ou não. Assim, uma pessoa com perda de audição hereditária apresenta o problema desde o nascimento.
Esse tipo de surdez pode acontecer por diversos mecanismos. Entre eles:
- Herança autossômica recessiva, em que os cromossomos do pai e da mãe devem apresentar alterações;
- Herança autossômica dominante, em que basta um cromossomo alterado para resultar em perda da audição;
- Ligação ao cromossomo X, que acontece com maior frequência na população masculina;
- Herança mitocondrial, transmitida de mãe para filhos.
De todas essas origens de surdez, a herança autossômica recessiva representa 80% de todos os casos. A herança autossômica dominante representa de 10% a 20% dos caso; os ligados ao cromossomo X, de 2% a 3%; e os de herança mitocondrial, 1%.
Além disso, a perda da audição também pode acontecer como consequência de síndromes, como a Síndrome de Down e a Síndrome de Usher, que é a causa de cerca de 30% dos problemas de audição hereditários.
Qual a diferença entre a surdez hereditária sindrômica e a não sindrômica?
Na surdez hereditária sindrômica, o indivíduo também pode apresentar outros sinais e sintomas além da perda auditiva, como problemas cardíacos, no Down, e cegueira, no Usher.
Já no quadro não sindrômico, a perda auditiva é o único sinal, sem outras causas ou sintomas — que é o que acontece com cerca de 70% das pessoas que apresentam surdez hereditária.
Como detectar a perda auditiva?
A surdez hereditária costuma ser detectada tardiamente — por volta dos 2 anos de idade, quando os pais começam a notar a desatenção e a dificuldade de ouvir dos filhos.
Nesse período, a detecção de sons é fundamental para o estímulo cerebral relacionado à fala. Assim, eles podem apresentar problemas que serão levados para o resto da vida nesse quesito.
Por isso, detectar essa condição o quanto antes é determinante para evitar problemas. O teste da orelhinha, que mede a capacidade auditiva do bebê, é muito eficiente para fechar um diagnóstico.
Além disso, um teste simples e barato que consegue detectar o problema genético logo após o nascimento, por meio de algumas gotas de sangue, já foi desenvolvido. Com esse exame, além de confirmar a presença do problema, é possível determinar sua origem.
Como é o tratamento?
Depois do diagnóstico, é possível começar um tratamento que envolve uma equipe multiprofissional — pediatra, otorrinolaringologista e fonoaudiólogo —, com o objetivo de dar o suporte necessário para o paciente e seus familiares.
Com o uso de aparelhos auditivos, uma criança com surdez hereditária consegue ouvir normalmente, desenvolve a fala e tem uma inserção melhor na sociedade. Como consequência, sua qualidade de vida é conservada.
Portanto, não deixe de procurar seu médico para saber mais sobre o problema — a perda de audição hereditária é uma condição que não pode ser prevenida, mas que deve ser tratada para evitar maiores transtornos.
Ficou curioso e quer descobrir mais sobre as principais causas de surdez? Leia nosso post sobre o assunto e mantenha-se informado. Boa leitura e até mais!